“Ao ler o Novo Testamento, as pessoas pensam estar lendo uma cópia exata das palavras de Jesus ou dos escritos dos apóstolos. Contudo por quase mil e quinhentos anos, esses manuscritos foram reproduzidos por copistas profundamente influenciados pelas controvérsias políticas, teológicas e culturais de seu tempo.” Só um pedaço minúsculo do prefácio deste livro brilhante de Bart D. Ehrman já mostra que o que estará por vir nas páginas seguintes do livro pode bater de frente com um conceito que muitos cristãos possuem da Bíblia. Neste livro, o autor mostra que no começo da era pós-apostólica ainda não havia nem um tipo de maquinário que reproduzisse livros, assim as cartas escritas pelos apóstolos e pelos cristãos anteriores eram copiados a mão por pessoas que sabiam ler e escrever dentro das comunidades, mas pelo fato de ser um ser humano que estava copiando, erros nessas copias eram freqüentes, muitas vezes sem querer uma simples escorregada de pena, uma desatenção ou até mesmo por vontade própria, para que suas próprias crenças pudessem ser provadas através das escrituras, fato que causou enorme impacto na nossa forma de interpretar o novo testamento. Uma vez que não temos os autógrafos (textos originais) e só os manuscritos (textos copiados por copistas) que vieram em constante aumento de erros e divergências entre uns e outros o livro nos leva a pensar qual a real importância da Bíblia para a compreensão e sobrevivência da nossa fé.
“Um livro para leigos, teólogos, historiadores...” enfim, para todos os que possuem o desejo e a curiosidade de aprender sobre a história da igreja.
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